SALA DE AULA

Conto: Meu Primeiro Beijo, de Antonio Barreto
 Sequência Didática:

Objetivo: aguçar, no aluno, o interesse em conhecer o texto, manifestar seu ponto de vista em relação ao tema, identificar as semelhanças e diferenças entre os gêneros: conto e romance e, de maneira prazerosa, produzir um conto com o mesmo tema
.Número de aulas previstas: 2

Interlocutores: alunos: 9º ano e 1º EM- da EE Profº Casemiro Poffo

Motivação: Dia dos Namorados!
 Para apresentar o texto “MEU PRIMEIRO BEIJO” escrevi na lousa:                                                                
12 de junho -  Dia dos namorados!

 Ao ler essa anotação, os alunos deram início às conversas sobre como estavam se sentindo nesse dia.
O próximo item do registro foi: Leitura do conto “MEU PRIMEIRO BEIJO, de Antonio Barreto.
Esse título gerou curiosidade e os alunos  pediram que eu lesse logo, pois estavam curiosos!
Aproveitei a empolgação, dos alunos, e dei início ao próximo passo: fiz algumas perguntas:
- Onde vocês acham que acontece a história?  Numa cidade movimentada ou pacata, no litoral, numa praça .... Os alunos sugeriram, mas queriam  ouvir a leitura....
A próxima pergunta foi sobre que tipo de conversa os personagens estariam tendo para que, segundo o título, acontecesse o beijo? A maioria disse que o assunto devia ser agradável, mas tinha dúvida se o beijo aconteceria entre um rapaz e uma moça. Podia ser com pessoas do mesmo sexo, mas isso não teria importância, “nada de preconceito”.
Prossegui e fiz a próxima pergunta: Vocês acham que para acontecer o primeiro beijo deve haver um sentimento especial?  Permiti que manifestassem suas opiniões sobre esse momento na vida das pessoas e, principalmente no início da fase de adolescência. Continuei:
-Quem não “observa” a pessoa antes de beijá-la?
Alguns alunos disseram não ter esse cuidado ou preocupação, que o importante é “curtir”.  Os demais alunos ficaram pensativos e, indecisos,  começaram a dar respostas que “disfarçassem” essa preocupação, pois  na verdade selecionam  antes do “ficar”, com exceção a algumas situações, como  acontece nas baladas.
 Após esse momento fiz a leitura do texto, porém fazia algumas pausas para ver as reações e comentários. Em alguns momentos , além de  parar com a leitura, perguntei: O que vocês acham que  acontecerá agora?.  Esses momentos foram interessantes, pois os alunos queriam acertar nas deduções.
Terminada a leitura, fui surpreendida com a pergunta:
- Professora, a senhora se lembra de seu primeiro beijo? Conta pra nós!
Como o próximo passo seria a produção textual, aproveitei o  momento para relatar o meu primeiro beijo e o relatei com alegria, sem vergonha de me expor, pois  queria que eles deixassem fluir seus pensamentos no momento da produção sem receio ou “tabus”. Aproveitei para falar do papel do escritor literário – através de uma situação vivida ou não, triste ou alegre, ele deixa a imaginação fluir e coloca no papel toda a inspiração que surge no momento da “criação” e eles deveriam pensar e agir como escritores: mesmo que não tivessem beijado, ainda, imaginariam e tudo se tornaria verdade!
Dispostos a produzirem um conto, começaram a “buscar” na memória, quando foi que aconteceu o primeiro beijo. As produções foram concluídas e, com muito entusiasmo, queriam que  fossem lidas de imediato.
O objetivo da aula foi alcançado, pois os alunos produziram  contos envolventes, com lindos momentos  românticos  e apaixonantes!
O próximo passo será  a autocorreção dos erros apontadas por mim  e,  por fim  a leitura aos colegas. 
Aproveito e parabenizo todos os  alunos  que se deixaram envolver pelas propostas da aula, apresentada pelos professores e que colaboraram para que as aulas acontecessem com êxito!!

 Profª Maria Tereza




PÚBLICO ALVO
Ensino Fundamental: 7º ano/ 6ª série.

CONTEÚDO
Uma escrita nova.

OBJETIVOS
Levar o aluno a conhecer e ler o texto do livro didático: A Língua do "P"  - Hugo Garcez (Pombo).
Produzir um cartaz com uma mensagem secreta, utilizando uma nova forma de escrita.

METODOLOGIA
Passar no caderno como deve ser feito o trabalho;
Selecionar o texto a ser estudado.
Ler e analisar um conto.
Pesquisar diferentes formas de escrever mensagens secretas.

ESTRATÉGIA
Todos os trabalhos devem ser feitos em folha de papel almaço com cabeçalho completo da escola.
Fazer uso do livro didático e do dicionário como material de pesquisa.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
Que o aluno seja capaz de:
·         Reconhecer novas formas de escrita;
·         Produzir um trabalho de acordo com as instruções.
·         Ser criativo, fazer algo inédito;
·         Escrever em folha de canson A4;
·         Fazer a identificação com cabeçalho completo.

AVALIAÇÃO
Critérios de avaliação, verificar, se o aluno mostrou domínio na apresentação:
·     - organização do assunto;
- clareza das ideias;
- coerência e coesão;
- criatividade;
- limpeza;

- pontualidade da entrega.

Texto:
 A Língua do "P"  - Hugo Garcez (Pombo)

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos.
Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.
Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.
Pálido,porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.
Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente,pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedir pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.
Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal.
Povo previdente!
Pensava Pedro Paulo… Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses.
-Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.
-Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai.
Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior.
Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
- Papai, – proferiu Pedro Paulo – pinto porque permitiste, porém, preferindo,poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro!
Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro.
Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.
Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando…
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar… Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei. 

Fonte: http://www.pombobebo.xpg.com.br/a-lingua-do-p/ .Acesso em 19/06/2013.




TRABALHANDO COM TEXTO POÉTICO

Nesta semana turbulenta em SP, trabalhei com o texto: "O Bicho" de Manuel Bandeira.
Primeiro fizemos a leitura silenciosa. Depois fizemos a leitura em voz alta, pedi que alguns alunos fizessem a  leitura a sua maneira. algums davam ênfase na última estrofe, outros davam maior entonação a primeira estrofe, cada um lia de forma diferente, por isso parecia que era um poema diferente, já que podiam expressar a parte que mais lhe chamou a sua atenção:
O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

Após a leitura fizemos a reflexão e a discussão sobre o tema tratado no texto, que causou comoção geral na sala, já que todos queriam falar dobre a impressão que tiveram.
Tirei as dúvidas de vocabulário com as palavras: detritos, imundice e voracidade. Fizemos a análise da estrutura poética, ritmo e versos. Pedi a transformação do texto poético para a forma de HQ, onde o tema deveria ser: "A cegueira da sociedade, que não quer ou finge não enxergar os seres humanos que vivem na extrema pobreza."
Os trabalhos apresentados me impressionaram pela qualidade e pelo senso crítico, que mostraram em suas produções.
Abraços,

Helena Yukie

Nenhum comentário:

Postar um comentário